Minas, túneis e outras escavações que exijam detonação


Embora a DRAE (Real Academia Espanhola de Belas Artes) defina a detonação como a «ação e efeito de voar pelo ar», envolve um procedimento muito mais complexo, essencial no setor da escavação. Consiste em romper maciços rochosos e terrenos com recurso a explosivos, pó expansivo e outros métodos que facilitem a sua extração e manuseamento. É um dos serviços mais requisitados pela perfuração de rochas em Braga devido às características geológicas do concelho português, com a sua abundância de rochas graníticas e metamórficas.

A detonação não se realiza perfurando um furo, inserindo uma banana de dinamite e acendendo o pavio. Esta imagem caricata contrasta com a natureza técnica do processo em si. Primeiro, a rocha a detonar é perfurada, as cargas são inseridas através de furos e, em seguida, os detonadores são ligados e sincronizados com o circuito de disparo. E, naturalmente, não há pavios para acender, nem corridas desesperadas antes da detonação propriamente dita.

Nem todos os projetos de escavação requerem o uso de detonação. Apenas em terrenos difíceis que não possam ser abertos por métodos convencionais, minimizando sempre o impacto ambiental e garantindo a segurança dos colaboradores, como é o caso da exploração mineira e das pedreiras.

Regra geral, a detonação é utilizada em escavações de rochas basálticas, graníticas e metamórficas, que são difíceis de perfurar sem fragmentação controlada. A construção de túneis e galerias é também inviável sem detonação, dada a dureza do terreno subterrâneo e a maior rapidez e economia do processo em comparação com outras soluções.

Na construção de portos e obras submarinas, a detonação de leitos marinhos é necessária para melhorar a capacidade de escavação de maciços rochosos que, de outra forma, inviabilizariam o projecto. Devido à fragilidade do meio ambiente, é uma solução que recebe má fama devido ao seu impacto na fauna e flora marinhas.